26 abril 2009
24 abril 2009
Ainda o embate do STF
Do “Conversa Afiada”, blog do Paulo Henrique Amorim:
O grande brasileiro Joaquim Barbosa fez uma denúncia de gravidade sem par: o presidente do Supremo Tribunal Federal desmoraliza o Judiciário brasileiro.
Joaquim Barbosa disse o que está na cabeça de todo mundo, menos do PiG (*) e aqueles que representa (**).
Felizmente, a imagem na tevê fala por si: desde o jornal nacional de ontem, os noticiários de tevê do país inteiro mostraram com clareza insofismável: o Supremo Presidente está nu.
Sem máscara.
Desde que concedeu dois hábeas corpus em 48 horas ao banqueiro condenado Daniel Dantas, ele mostrou o que é: um instrumento dos brancos, ricos e de olhos azuis, e , por isso, fruto legítimo do Governo Fernando Henrique Cardoso.
Gilmar Dantas (segundo Ricardo Noblat) deu o Golpe de Estado de Direita, com a mão do PiG, e submeteu o presidente que tem medo aos seus desígnios (depois de tratar o Legislativo como um Centro de Detenção Provisória).
Quando o Supremo Presidente do Supremo tentou expulsar o Ministério Publico da função Constitucional de vigiar a Polícia, o Procurador Geral da República, Antonio Fernando de Souza respondeu com valentia.
Antonio Fernando tem a vantagem de ser Procurador de Primeira Classe, ponto que o Supremo Presidente não demonstrou méritos para atingir.
Barbosa, agora, foi diferente.
Foi ao vivo, no vídeo, na televisão.
O riso esgarçado na boca, a feição desorganizada e tensa de Gilmar, a contração de quem sente um frio na espinha, enquanto Barbosa falava dos “capangas”, o Brasil inteiro viu – e comemorou.
“Pegaram ele !”
A cara do nocaute.
De quem leva o drible da vaca.
Barbosa desnudou o golpista.
Gilmar Dantas desmoralizou a Justiça brasileira também porque o presidente Lula deixou.
Porque o presidente que tem medo lhe deu espaço político.
E agora vem com essa metáfora de futebol para enterrar o assunto.
Como se fosse possível esquecer o “gol de placa” do Ministro Barbosa.
O Supremo Presidente foi longe demais.
Seus capangas no PiG, também.
Só que ele se desmoralizou diante de todos.
(Lamentável a nota dos oito sabujos, os ministros que foram defender a honra, a liturgia do cargo do Presidente Supremo. E quando Gilmar Dantas - segundo Noblat - agride o bom-senso e a ética, ele honra o cargo ? Quando dá dois hábeas corpus em seguida a um notório passador de bola, apanhado no ato de passar bola, isso não desonra o cargo ?)
Gilmar Mendes desmoraliza a Justiça.
Mas, ontem se fez justiça !
*******
O caro Insano chamou-me à atenção para alguns comentários inscritos na notícia do Estadão, eis alguns:
Qui, 23/04/09 08:01 , Anônimo
ATENÇÃO SRS GENERAIS, MARECHAIS E BRIGADEIROS!! o Páis esta entregue a propria sorte, a corrupção empregnou os tres poderes constituidos, nosso povo nao aguenta mais tanto descalabro esta classe politica atual é um bando marginais, no planalto seu chefe comanda uma quadrilha organizada que drena nossas reservas, no congresso loteado os parlamentares agem perversamente , no judiciario a justiça nao existe, sentenças sao compradas pelos poderosos. O POVO PRECISA DE VCS QUE JURARAM DEFENDER A PATRIA!, nao podemos mais aguentar tal mazelas, momento atual é delicado a grande maioria da população nao quer estes politicos PRECISAMOS DE SAUDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA os motivos atuais sao muito mais importantes que 64, UM BASTA PRECISA ACONTECER IMEDIATAMENTE!! a populaçao correrá as ruas para aplaudir...AJUDE-NOS
Qui, 23/04/09 00:19 , Anônimo
Nem vou comentar, senão serei taxada de racismo e coisa e tal..... Mas esse JB precisa é de umas chicotadas em praça pública para aprender a não usar a toga para fazer bonito para seu auditório..... Como se diz no popular, quem nunca comeu melado... quando come se lambuza!
A grande maioria dos leitores, o que interpreto como sensatez, manifestou-se em apoio ao Ministro Joaquim Barbosa, mas ambos os exemplos acima ilustram a (in)capacidade de compreessão política ideológica que permeia a nossa realidade.
Brasil um país de todos!
23 abril 2009
Entre a rua e a mídia
Quebro o meu silêncio (e o faço com esse clichê discursivo) para manifestar o meu prazer ao ter assistido hoje (22 de Abril) em matéria do Jornal Nacional a discussão entre o Ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa e o "Supremo Presidente" do mesmo tribunal, Gilmar (Dantas) Mendes.
Como antes dito, assisti a tal embate no Jornal Nacional. O que isso significa? Explico: O JN é o principal jornal da rede Globo. Essa por sua vez integra segundo Paulo Henrique Amorim, o PIG (Partido da Imprensa Golpista) juntamente com a Folha de São Paulo e a Veja. Ou seja, esses três "grandes e influentes" veículos/ empresas de comunicação agem ridiculamente para desmoralizar o Governo Federal, da Polícia Federal e de todos aqueles que se colocam frente aos escusos interesses de uma classe dominante quase caquética, mas ainda vivente. Em suma, ter assistido essa notícia no JN afeta certamente a nossa compreensão, até porque foi explícito o sentido de desaprovação e reprimenda adotado pelo William Bonner ao comentar as infelizes declarações do agora irresponsável Joaquim Barbosa.
Assisti, portanto, a “quentíssima” (sensacionalistas gostam desse tipo de superlativo) discussão no youtube, que felizmente faz “recortes” menos vexatórios e contempla perspectivas diferentes das instrucionais. Não obstante fiz questão de recorrer aos blogs jornalísticos (o Conversa Afiada, por exemplo) e ao site da Folha Online. Nesse último a matéria traz inclusive o vídeo do ocorrido, mérito que, aliás, deve ser reconhecido por oferecer ao leitor o contato “direto” com a fonte. Mas chamo a atenção para o texto e faço aqui recortes para melhor ressaltar o sentido depreciativo implícito em relação ao ministro Barbosa. Falo aqui de palavras como “acusou”, “atacar” e do trecho “Em tom irônico, o Barbosa disse que o presidente do STF agiu com a sua tradicional "gentileza" e "lhaneza". Mendes reagiu ao afirmar que Barbosa é quem deu "lição de lhaneza (lisura)" ao tribunal. "Vamos encerrar a sessão", disse Mendes para encerrar o bate-boca.”
Mais uma pergunta retórica. A imagem de quem é construída como vitima nessa notícia? Gilmar Mendes, óbvio. Ele sai como o pobre vitimado, ofendido e humilhado quando na verdade só tentava se defender dos ataques ferozes e imponderados de Joaquim Barbosa... Ô coitado! É importante lembrar também que até o dia de ontem pelo menos o ministro Barbosa tinha a imagem “do responsável” pelo término da farra dos mensaleiros. A imprensa constrói e destrói heróis, isso se faz necessário. O antes “bom” negro Barbosa é o mais novo eleito.
Neste momento só quero ver se “As meninas do Jô” vão por essa discussão na mesa... E viva os defensores do “factual” e da "objetividade" como características divinas e inerentes ao jornalismo.
O "fato" no Estadão:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ministros-do-stf-batem-boca-durante-sessao,358909,0.htm
O mesmo "fato" na FolhaOnline:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u554762.shtml
07 abril 2009
Love in the afternoon
É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais.
Quando eu lhe dizia:
"- Me apaixono todo dia
E é sempre a pessoa errada."
Você sorriu e disse:
"- Eu gosto de você também."
Só que você foi embora cedo demais
Eu continuo aqui,
Com meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim
Um dia de chuva, um dia de sol
E o que sinto não sei dizer.
Vai com os anjos! vai em paz.
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez.
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais
E cedo demais
Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu, que tive um começo feliz
Do resto não sei dizer.
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que este ano
O verão acabou
Cedo demais.
05 abril 2009
Ode à amizade
Como vocês sabem (afinal escrevo com freqüência sobre isso aqui no Quimeras) sou agraciado por ter bons amigos. Os melhores que alguém poderia ter, afirmo ciente da ‘rasgação de seda’. Não sei o que seria de mim senão os tivesse por perto neste momento de profunda dor e de agonia que devastam o meu ser e obrigam consequentemente, a restaurar a minha persona racional e fria.
Este micro-post, portanto, é dedicado aos velhos esquizóides carmelitanos (André, Flávio, Valter, Ciro e Antônio, principalmente). Se não tivéssemos nos reunido mais uma vez na noite de ontem, seria difícil, ou melhor, seria extremamente impossível começar esta semana. Grato pela força, meus caros!