
Mais criativa que a versão de Duchamp
Abro um parêntese aqui, portanto, para salientar um pouco da biografia de Basquiat. Nascido em 22 de dezembro de 1960, no Brooklyn (NY) era filho de mãe porto-riquenha e pai haitiano. Por volta dos 17 anos começou, juntamente com um amigo, a grafitar em prédios de Manhattan, e o teor das mensagens começou a chamar atenção das pessoas... Em 1978, um ano depois de “debutar” no grafite, Jean Michel saiu de casa e da escola, mudou-se para a cidade onde começou a trabalhar nas ruas vendendo camisetas e postais para sobreviver. Já no início da década de 80 ele ascende ao status de artista, ganhando notoriedade internacional. Os anos que se seguem são de inúmeras exposições e capas de revistas como a The New York Times. Entretanto, em meio a todo este sucesso – pouco comum, aliás, nas artes plásticas que têm por hábito cultuar os mortos –, Basquiet se torna um paranóico viciado em drogas. Enfim, como pôde ser intuído a partir do primeiro parágrafo ele está morto, e há muito tempo. Morreu em 1988, vítima de overdose aos 27 anos e horas depois de ter um quadro arrematado por 300 mil dólares...
Mais uma vez fico consciente de que “só sei que nada sei” tal qual o velho Sócrates (apesar de ser este um axioma falacioso, ou seja, se afirmo ‘só sei que nada sei’, significa, afinal, que sei algo: o nada!) Delírios à parte, é válido conhecer um pouco mais sobre a trajetória desse artista “que saiu do meio das ruas para se alojar dentro de galerias e museus de Nova Iorque”. Como se diz popularmente, antes tarde do que nunca.
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