O caro Insano (Sanatorium) fez o seguinte comentário no texto anterior, sobre Foucault: “Incrível esse comentário do Foucault sobre o silêncio. Eu prefiro, na maioria das vezes, aproveitar os momentos com pessoas queridas para mim apenas através do silêncio e contemplação. Não vejo e não tenho nenhuma necessidade de falar o tempo todo. O conjunto de ações, atitudes e expressões de uma pessoa é muito melhor e mais verdadeiro do que as palavras. Interessante notar também que essas relações de amizade em que o silêncio é presente são muito propícias à contemplação de modo geral. Às vezes, nesses momentos, tenho a impressão que as mentes dos envolvidos trabalham em conjunto e harmonia, como se comunicassem, pensando, se não sobre a mesma coisa, pelo menos se complementando.”
20 janeiro 2009
Amizades et cetera
Acho esse comentário muito pertinente e vem, inclusive, de encontro com algumas questões sobre as minhas amizades que têm sido freqüentes nos meus devaneios cotidianos. Nos últimos tempos tenho percebido que o meu circulo imediato de amizades se reduz a pouquíssimas pessoas, até aí tudo bem uma vez que isso sempre foi uma constante. Mas o ponto em que acho interessante é de como as minhas amizades do referido círculo são recentes. Destes grandes amigos, por quem tenho verdadeira admiração, respeito, enfim amizade; nenhum eu conheço a mais de 5 anos!? Não nos tornamos amigos só pelo convívio, pela vizinhança ou coisa que o valha. Tornamo-nos amigos pela empatia, por interesses semelhantes, por idéias e problemas que se comunicam, embora sejamos muito diferentes uns dos outros e com histórias e experiências de vida distintas. Ficaram, dessa forma pelo caminho amigos de longa data, companheiros de anos de escola. Pessoas queridas e importantes na minha vida, no entanto não faz mais sentido mantermos uma amizade direta uma vez que não “compartilhamos o mesmo mundo”. Para muitos daqueles amigos (hoje menores) eu me tornei uma pessoa estranha, distante, e isso de fato aconteceu... Penso que houve entre mim e estes últimos uma espécie de distanciamento psíquico, instaurou-se entre nós divergências enormes, rupturas e fissuras que até o maior sentimento de tolerância não seria capaz de atenuar. (Não sou uma pessoa de fácil trato, mas ouvir sertanejo e funk só para ‘pegar’ mais garotinhas é algo que não me entra na cabeça...) Mesmo assim os quero bem e sei que eles a mim.
Bom, escrevi isso em um arrombo de sentimentalismo exacerbado. Então aos meus grandes amigos agradeço por me proporcionarem a oportunidade de uma interlocução sincera e inteligente!
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Um comentário:
Obrigado pelo comentário no blog..rs
não entendi nada com a exclamação da carol...hauhauhah
mas sei lá...como vc disse, o texto em si já não é completo..rs
e se transmiti mensagem eu sei lá...
De qualquer modo, muito legal esse texto. Gostei do modo de comparação das amizades.
abraço Jean
até na aula
flw
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