Era uma vez... Porra! Não era uma vez coisa nenhuma. Esta minha maldita mania de querer fantasiar, quando na verdade não há fantasia. Eu pelo menos não creio... Talvez um dia tenha crido, mas não mais. Nunca mais. Eu sou um realista, ou será naturalista? Tanto faz, ambas são apenas denominações para mesma merda que é viver...
Tenho certeza que você – é você mesmo, o idiota que leu o primeiro parágrafo –, deve estar a pensar: Oras de onde surgiu este louco que ousa escrever estas ignomínias como se fossem poemas líricos?! (Viu como conheço o gênero humano? Assim que comecei a traçar essas linhas previ a sua dúvida e, portanto, também escolhi a minha resposta). Caríssimo, escrevo, ou melhor, ejaculo essas frases com a única intenção de fecundar alguma mente-útero. Lógico que se você me considera um vil, é melhor não continuar a leitura, o que será um favor a mim e a você... Mas caso esteja interessado a ficar prenhe de dúvidas, de questões metafísicas, de se tornar um louco, por favor, prossiga e desde já fico grato por permitir-me constituir a minha prole.
Confesso-lhe – a você que ousou prosseguir – que não sou nenhum exímio narrador, aliás, perto dos grandes escritores não passo de um analfabeto funcional. E muito menos um Filósofo, ah! Poucas coisas são tão cruéis quanto o oficio proporcionado pela filosofia. Pensar: sinônimo de sofrer. Mas mesmo não sendo nem um Dostoievski, nem um Nietzsche gosto de questionar a “existência”, e acima de tudo sinto prazer em analisar as idiossincrasias da turba: Como os ignóbeis se comportam, as facilidades com as quais eles conseguem se posicionar sócio-economicamente, todas estas variantes do referido gênero... Um amargurado, infeliz que não se realizou profissionalmente, ou na vida pessoal. À primeira vista talvez me enquadre nesta categoria, mas insisto em afirmar que quebrados os primeiros preconceitos óbvios eu sou muito mais do que aparento. É fato que não tenho o devido reconhecimento profissional, e que minha vida pessoal e social são dignas de um leproso... Mas mesmo assim, enfatizo, o meu desgosto pela massa não deriva destas – não conscientemente – características de minha personalidade e sim de outras.
Sou um misantropo. Sempre o fui, desde as minhas primeiras lembranças... Paradoxalmente a isso, sou um humanista. Pasmem! Pois este é o meu único amor, a humanidade. Estranho, não? Sim, com certeza. Porém, como todo amor o meu também tem algo de patológico, obsessivo... Ah! Mentira! Desconsidere o que escrevi. Eu não os amo, muito pelo contrário o que nutro pela Humanidade é ódio... Profundo, tão denso quanto a mais densa treva...
Durante anos a fio me debrucei sobre os livros, mergulhei profundamente e poucas vezes sai ileso dos grandes cérebros nos quais resolvi me aventurar em busca dos subsídios para curar – sim, eu tentei uma salvação... – ou acabar de envenenar este medíocre organismo, “a mais perfeita máquina da natureza”! Nada além de quimera. Como deve estar latente, não encontrei o antídoto ou a poção que me curaria. Mas encontrei e me embriaguei dos mais nobres venenos, e todos, tinham em suas formulas a certeza da vilania humana, da sua sordidez e finitude... A certeza da minha vilania, da minha condição sórdida e finita!
Não estou me sentindo bem... Não realizei o que propus a você, leitor, no início deste monstro que esta a me devorar sadicamente. Não disseminei o germe da dúvida, não cumpri com a minha palavra, o iludi com falsas promessas... Mas que se foda! Procure por si só, questione. Saia da sua zona de conforto, da completa alienação... Mas siga um conselho: se você ainda quiser tentar ser feliz, continue a consumir o ópio que lhe ofertam gratuitamente. Eu fico por aqui, preciso me recompor... Preciso de uma boa dose de café.
Tenho certeza que você – é você mesmo, o idiota que leu o primeiro parágrafo –, deve estar a pensar: Oras de onde surgiu este louco que ousa escrever estas ignomínias como se fossem poemas líricos?! (Viu como conheço o gênero humano? Assim que comecei a traçar essas linhas previ a sua dúvida e, portanto, também escolhi a minha resposta). Caríssimo, escrevo, ou melhor, ejaculo essas frases com a única intenção de fecundar alguma mente-útero. Lógico que se você me considera um vil, é melhor não continuar a leitura, o que será um favor a mim e a você... Mas caso esteja interessado a ficar prenhe de dúvidas, de questões metafísicas, de se tornar um louco, por favor, prossiga e desde já fico grato por permitir-me constituir a minha prole.
Confesso-lhe – a você que ousou prosseguir – que não sou nenhum exímio narrador, aliás, perto dos grandes escritores não passo de um analfabeto funcional. E muito menos um Filósofo, ah! Poucas coisas são tão cruéis quanto o oficio proporcionado pela filosofia. Pensar: sinônimo de sofrer. Mas mesmo não sendo nem um Dostoievski, nem um Nietzsche gosto de questionar a “existência”, e acima de tudo sinto prazer em analisar as idiossincrasias da turba: Como os ignóbeis se comportam, as facilidades com as quais eles conseguem se posicionar sócio-economicamente, todas estas variantes do referido gênero... Um amargurado, infeliz que não se realizou profissionalmente, ou na vida pessoal. À primeira vista talvez me enquadre nesta categoria, mas insisto em afirmar que quebrados os primeiros preconceitos óbvios eu sou muito mais do que aparento. É fato que não tenho o devido reconhecimento profissional, e que minha vida pessoal e social são dignas de um leproso... Mas mesmo assim, enfatizo, o meu desgosto pela massa não deriva destas – não conscientemente – características de minha personalidade e sim de outras.
Sou um misantropo. Sempre o fui, desde as minhas primeiras lembranças... Paradoxalmente a isso, sou um humanista. Pasmem! Pois este é o meu único amor, a humanidade. Estranho, não? Sim, com certeza. Porém, como todo amor o meu também tem algo de patológico, obsessivo... Ah! Mentira! Desconsidere o que escrevi. Eu não os amo, muito pelo contrário o que nutro pela Humanidade é ódio... Profundo, tão denso quanto a mais densa treva...
Durante anos a fio me debrucei sobre os livros, mergulhei profundamente e poucas vezes sai ileso dos grandes cérebros nos quais resolvi me aventurar em busca dos subsídios para curar – sim, eu tentei uma salvação... – ou acabar de envenenar este medíocre organismo, “a mais perfeita máquina da natureza”! Nada além de quimera. Como deve estar latente, não encontrei o antídoto ou a poção que me curaria. Mas encontrei e me embriaguei dos mais nobres venenos, e todos, tinham em suas formulas a certeza da vilania humana, da sua sordidez e finitude... A certeza da minha vilania, da minha condição sórdida e finita!
Não estou me sentindo bem... Não realizei o que propus a você, leitor, no início deste monstro que esta a me devorar sadicamente. Não disseminei o germe da dúvida, não cumpri com a minha palavra, o iludi com falsas promessas... Mas que se foda! Procure por si só, questione. Saia da sua zona de conforto, da completa alienação... Mas siga um conselho: se você ainda quiser tentar ser feliz, continue a consumir o ópio que lhe ofertam gratuitamente. Eu fico por aqui, preciso me recompor... Preciso de uma boa dose de café.
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